Os animais ante o Natal

Queremos agradecer e partilhar com vocês a iniciativa da Carol Oliveira do Canal Meninas Espíritas, que contou com sua conhecida alegria e jovialidade a história resgatada pelo espírito Irmão X, psicografada por Chico Xavier, que narra as dificuldades enfrentadas por José e Maria para o nascimento de Jesus e como que os animais foram importantes, devendo pelo menos serem poupados no dia do Natal.

A história se inicia com uma advertência “em torno dos abusos da mesa nas comemorações natalinas” quanto ao sacrifício dos animais. E conclui:

“Não fossem os anfitriões da estrebaria e talvez a Boa Nova tivesse seu aparecimento retardado […] Não será isso motivo para que os animais na Terra sejam poupados ao extermínio, pelo menos no dia do Natal?”

O espírito Humberto de Campos (Irmão X) foi um dos que mais se manifestou através de Chico Xaver pela ética animal espírita. Suas diversas mensagens podem ser encontradas aqui no site, no nosso Catálogo de Referências Bibliográficas da Ética Animal Espírita.

Assistam o vídeo no topo deste post.

E aproveitem para assistir também o outro vídeo abaixo do canal Meninas Espíritas abordando a temática animal, este junto com a querida Ana Talavero do canal Espiritalks. Aproveitem para se inscrever em seus canais.

Leiam a história na íntegra:

“Entretecíamos animada conversação, em torno dos abusos da mesa nas comemorações natalinas, com o parecer do grave Jonathan ben Asser, que asseverava a conveniência de ater-se o homem ao sacrifício dos animais apenas quanto ao estritamente necessário, quando o velho Ebenezer ben Aquim, orientador de grupos hebraicos do Mundo Espiritual, tomou a palavra e se exprimiu conciso:

Talvez não saibam vocês quanto devemos aos bichos na manifestação do Evangelho…

E, ante a nossa curiosidade, narrou, comovido:

Há muitos anos, ouvi do rabi Eliúde, que se encontra agora nas esferas superiores, interessantes minudências em torno do nascimento de Jesus. Contou-nos esse antigo mentor de israelitas desencarnados que a localização de José da Galiléia e da companheira nos arredores de Belém de Judá não foi assim tão fácil.

O casal, que se compunha da jovem Maria, tocada de singular formosura, e do patriarca que a recebera por esposa, em madureza provecta, entrou na cidade quando as ruas e hospedarias se mostravam repletas.

Os descendentes do ramo de David reuniam-se aos magotes para atender ao recenseamento determinado pelo governo de Augusto.

Bronzeados cameleiros do deserto confraternizavam com vinhateiros de Gaza, negociantes domiciliados em Jericó entendiam-se com mercadores residentes no Egito.

Acompanhados por benemérita legião de Espíritos sábios e magnânimos, a cuja frente se destacava o abnegado Gabriel, que anunciara a Maria a vinda do Senhor, José e a consorte bateram primeiramente às portas da estalagem de Abias, filho de Sadoc, que para logo os rechaçou com a negativa; entretanto, pousando os olhos malevolentes na jovem desposada, ensaiou graçola irreverente, o que fez que José, apreensivo, estugasse o passo para diante.

Recorreram aos préstimos de Jorão, usurário que alugava cômodos a forasteiros. O ricaço considerou, de imediato, a impossibilidade de acolhê-los, mas, ao examinar a beleza da moça nazarena, chamou à parte o enrugado carpinteiro e indagou se a menina era filha de escravos que se pudesse obter a preço amoedado…José, mais aflito, demandou a frente para esbarrar na pensão de Jacob, filho de Josias, antigo estalajadeiro, que declarou impraticável o alojamento dos viajantes; no entanto, ao fixar-se na recém-chegada, perguntou desabridamente como é que um varão, assim velho, tinha coragem de exibir uma jovem daquela raridade na praça pública. Deprimido, o ancião diligenciou alcançar pousada próxima; contudo, as invectivas de Jacob atraíram curiosos e vadios que cercaram o par, crivando-o de injúrias.

Os recém-vindos de Nazaré, vendo-se alvo de chufas e zombarias, tropeçavam humilhados…

Gabriel, no entanto, recorreu à prece, rogando o Amparo Divino, e diversos emissários do Céu se manifestaram, em nome de Deus, deliberando que a única segurança para o nascimento de Jesus se achava no estábulo, pelo que conduziram José e Maria para a casa rústica dos carneiros e dos bois…

Ebenezer, a seguir, comentou, bem humorado:

  • Não fossem os anfitriões da estrebaria e talvez a Boa Nova tivesse seu aparecimento retardado…
    E terminou, inquirindo:
  • Não será isso motivo para que os animais na Terra sejam poupados ao extermínio, pelo menos no dia do Natal?”

XAVIER, F. C.; Espíritos diversos. Antologia Mediúnica do Natal. 6 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. 208 p. Capítulo 44 “Os animais ante o natal” (Espírito Irmão X), pp. 111-112.

Venham se MOVEr conosco pelos animais, pelas pessoas e por toda a Natureza!

2 respostas
  1. Andrea
    Andrea says:

    Lindo vídeo.
    Parabéns meninas, brilharam✨✨
    Se faz urgente incluirmos os nossos irmãos animais no nosso círculo moral, para que sejam respeitados e tenham o direito à vida como seres que sentem, sofrem e dividem conosco a mesma casa que é o nosso planeta e por serem filhos do mesmo Pai que a todos criou e ama indistintamente.
    “Toda a forma de vida é uma manifestação de Deus e está sob os nossos cuidados.
    Precisamos proteger a fauna e a flora.
    As plantas e os animais, além da sua importância intrínseca, embelezam o planeta e representam uma grande riqueza.
    Jamais se deve mutilar, destruir ou deixar que os destruam.
    Amemos a todos,
    nossos animais domésticos,
    os que sofrem e cedem a sua vida sem o direito de escolha para nos fartamos com suas carnes em nossas mesas,
    os selvagens, permitamos que enfeitem nossas florestas.e vivam livres e em paz .
    Amemos os pássaros puros e belos, cantando nas ramagens, voando alegres no espaço ilimitado, como verdadeiros símbolos de liberdade!”
    E como disse a nossa amada Joana de Ãngelis,
    “Ama, portanto, pelo caminho enquanto possas plantas, animais, homens e te descobrirás, por fim, amando a Deus “

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    • Rafael Van Erven
      Rafael Van Erven says:

      Que texto maravilhoso! O reconhecimento do valor intrínseco de tudo o que vive é o grande salto evolutivo que precisamos dar. Abraço fraterno.

      Responder

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