Card #11: “Auxiliemo-lo (humanidade) a amar a terra, antes de explorá-la no sentido inferior, a valer-se da cooperação dos animais, sem os recursos do extermínio!”

Temos cooperado com os animais e a Natureza?

Variados benfeitores espirituais através de médiuns renomados pediram a inclusão dos animais e da Natureza nas ações morais humanas, desde a renovação de hábitos alimentares para uma dieta vegetariana até o apoio aos movimentos de proteção e defesa dos animais e da Natureza, inclusive com a utilização dos recursos terapêuticos espíritas – incluídos os de natureza mediúnica – no socorro aos animais [1].

Rogaram, até mesmo, que aprendamos a Lei de Deus pela contemplação da Natureza.

Emmanuel, por exemplo, sem rodeios, afirmou que “a ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes consequências, do qual derivaram numerosos vícios da nutrição humana. É de lastimar semelhante situação…” [2], ao mesmo tempo em que, docemente, roga-nos, ao interpretar o Maior Mandamento: “Escuta a Lei Sublime do Bem (…) nas páginas vivas da Natureza, aguardando a tua piedade para as árvores despejadas, para as fontes poluídas, para as aves sem ninho ou para os animais desamparados e doentes.” [3]

O instrutor Alexandre frisou que temos agido como “verdugos crueis”, “vampiros insaciáveis”, “infratores da lei de auxílio” no que tange a nossa relação com os animais, e descreveu a triste ambiência espiritual de um matadouro: “Está observando, André? Estes infelizes irmãos que nos não podem ver, pela deplorável situação de embrutecimento e inferioridade, estão sugando as forças do plasma sanguíneo dos animais. São famintos que causam piedade.” [4]

Não faltaram lições da Espiritualidade Maior enfatizando que o abate de animais e o seu consumo facilita, por exemplo, a obsessão, o vampirismo, os desencarnes prematuros (pelas energias enfermiças que são absorvidas pelo corpo espiritual e físico). Enfermidades graves que os Centros Espíritas se esforçam para auxiliar, só que ainda desconsiderando tais respeitosas e amorosas advertências dos Espíritos, ou seja, não utilizando como aliados à evolução do planeta, à saúde única dos humanos e não-humanos e, notadamente, de toda a Natureza.

Precisamos ter coragem, portanto, de questionarmo-nos:

Como cumprir a Lei de Deus, de Justiça, Amor e Caridade, dizimando com requintes de crueldade os animais e os ecossistemas?

Que tipo de Justiça aprisiona um ser inocente, contra a sua vontade, tira-lhe o direito de convívio com os seus, explora e encurta substancialmente o tempo de sua vida, condenando-o apenas por ter nascido em uma outra espécie, a fim de que nos deleitemos por alguns minutos numa refeição ou entretenimento?

Que tipo de Caridade faz acepção de espécies, de reinos, limitando a extensão dos seus braços e recursos somente àqueles considerados racionais?

Onde o Amor nesta lógica antropocêntrica e especista?

Como amar a Deus sem amar a Sua Criação?

Ante tais desafiadores questionamentos, ouçamos as recomendações e advertências dos benfeitores espirituais e auxiliemos a humanidade, desde o berço, a vivenciar a ética animal e ambiental espírita que reconhece o valor divino e intrínseco de toda a Terra e seus seres, e não seu mero valor instrumental, de coisas ou propriedades humanas, permitindo que aprrendamos a tratar uns aos outros, homens, animais, Natureza, como Irmãos.

Referências:

[1] VIEIRA, W. ANDRÉ LUIZ (Espírito). Conduta espírita. 32 ed. 7 imp. Brasília: FEB, 2017. 118 p. Capítulo 33 “Perante os animais”, pp. 89-90.

[2] XAVIER, F. C.; EMMANUEL (Espírito). O Consolador. 29 ed. 5 imp. Brasília: FEB, 2017. 305 p. Capítulo 2 “Filosofia”, item 2.1. “Vida”, subitem 2.1.1. “Aprendizado”, questão 129, pp. 90-91.

[3] XAVIER, F. C.; EMMANUEL (Espírito). Alma e luz. Capítulo “O maior mandamento”.

[4] XAVIER, F. C.; ANDRÉ LUIZ (Espírito). Missionários da Luz. 45 ed. 3 imp. Brasília: FEB, 2015. 382 p. Capítulo 4 “Vampirismo”, pp. 42-46, pelo benfeitor Alexandre.

0 respostas

Deixe uma resposta

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *