Card #33: “Contribuir com a hora vazia em favor dos enfermos e idosos, das crianças em abandono e dos animais”

Como temos usado nosso tempo?

Enquanto humanidade temos vivido num ritmo frenético, onde frequentemente nos sentimos apressados, cansados até. E nas poucas horas vazias, o que temos feito de nosso tempo? O atual momento mundial nos obrigou a nos voltar para dentro de nós mesmos e refletir. E alguns podem estar com sensação de solidão.

Joanna nos diz que quando contribuímos em favor dos necessitados – sejam eles enfermos, idosos, crianças ou animais – evitamos a solidão. “O homem solidário, jamais se encontra solitário” [1].

A benfeitora nos ensina também que o isolamento pode ser muito saudável pois permite a reflexão, o estudo, o auto-aprimoramento, a revisão de conceitos e a paz interior [1]. A lição é oportuna para o momento atual, em virtude do isolamento compulsório. Afinal, mesmo estando em casa, há sempre oportunidades benditas de sermos solidários, ainda que à distância.

Uma forma de ser solidário é amparar os animais, como Emmanuel nos ensina: “Estendei até eles (os animais) a vossa concepção de solidariedade[2].

Deus, inclusive, conta conosco, como nos diz Meimei: o animal te esmola proteção, a planta te requisita respeito, a fonte espera lhe faças a preservação e a defesa, o ambiente em que vives conta contigo” [3]. Ela afirma ainda que Deus necessita de tua colaboração e espera por ti”.

Já Emmanuel, indo além, explica que os homens devem “colocar os seres inferiores da vida planetária sob o seu cuidado amigo”. Ele nos mostra o tamanho de nossa responsabilidade para com os animais e a natureza quando afirma que “os reinos da natureza estão mais sob a responsabilidade direta dos homens que propriamente dos Espíritos” e que nós humanos responderemos “perante as Leis divinas pelo que fizeram, em consciência, com os patrimônios da natureza terrestre” [4].

Neio Lúcio narra que Dirceu reflete sobre como resgatar o erro cometido por ele em outro tempo, pois ele não queria “nunca mais destruir a vida dos seres frágeis e inofensivos da Criação Divina.” [5]. E a forma de Dirceu fazê-lo foi aproveitar seus ócios e horas desaproveitadas para encontrar “árvores para cuidar e animaizinhos daqui, aos quais posso auxiliar com eficiência e proveito [5].

Que possamos então aproveitar o momento para refletir. Que possamos estender nossa solidariedade à toda a Criação, refletindo sobre quais atitudes nossas podem ser modificadas visando o bem dos animais, das plantas e de toda a natureza. Qualquer esforço nesse sentido é válido. Afinal, o que esperamos dos seres mais evoluídos que nós, os espíritos de luz? Não lhe rogamos proteção, auxílio, cuidado? Pois bem, Faça com essas criaturas de Deus, que dependem de você, o mesmo que você gosta de receber dos Anjos do Bem.” [6].

Façamos…

Referências:

[1] O homem integral, cap. 1 Divaldo P. Franco; Joanna de Ângelis (Espírito). Primeira parte, capítulo 5, p. 20.

[2] XAVIER, F. C.; EMMANUEL (Espírito). Emmanuel. 28 ed. 5 imp. Brasília: FEB, 2016. 208 p. Capítulo 17 “Sobre os animais”, pp. 109-113.

[3] XAVIER, F. C.; MEIMEI (Espírito). Deus aguarda. Capítulo “Deus aguarda”

[4] XAVIER, F. C.; EMMANUEL (Espírito). O Consolador. 29 ed. 5 imp. Brasília: FEB, 2017. 305 p. Capítulo 1 “Ciência”, item 1.3. “Ciências especializadas”, questão 78, pp. 59

[5] XAVIER, F. C.; NEIO LÚCIO (Espírito). Mensagem do pequeno morto. Capítulo “Reparação”

[6] PASTORINO, C. T. Minutos de Sabedoria. 39 ed. Editora Vozes Ltda: Petrópolis, 2000. 288 p, pp. 36

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