Card #40: “Tempos virão para a humanidade terrestre, em que o estábulo, como o lar, será também sagrado.”
Os estábulos, estrebarias, cocheiras, currais…, lugares onde se criam animais, têm servido a Deus?
E nossos lares, têm sido consagrados ao Bem Maior?
Recordando as belas histórias, lembremos do primeiro lar do nosso Mestre Jesus.
Ora, sabemos dos relatos que foi nada menos que uma estrebaria, o local a acolher o recém chegado menino Jesus em missão de compaixão e misericórdia por todos os seres, humanos e não-humanos.
E lá, foram nossos irmãozinhos os animais a lhe darem as boas vindas, conforme relatou Emmanuel, nos rogando o mesmo exercício da misericórdia:
“Na celebração do natal, diminui quanto possível a matança dos animais – nossos companheiros na romagem evolutiva. Não olvidemos que o Senhor encontrou junto deles o seu primeiro lar, na insegurança da estrebaria” [1].
E, especialmente na modernidade, em que transformamos as estrebarias, estábulos, galinheiros, etc?
Em inglês usa-se o termo “factory farms” ou, em português, fazendas industriais. Tratam-se de locais onde milhares e milhares de animais são mantidos em confinamento sem acesso sequer à luz do sol, por estarem em regime de luz artificial controlada para maximizar seu crescimento e produção. São espaços super lotados e muitas vezes com animais mantidos em jaulas e gaiolas como no caso das porcas gestantes e galinhas poedeiras.
Tratados como produtos ou commodities, utilizam-se de métodos extremamente dolorosos e crueis, vendendo os animais com falsas ideias de “bem estar”. Rabos, dentes, bicos e orelhas são cortados e castrações são realizadas sem anestesia. Chifres são queimados e rostos marcados a ferro quente. Animais nascidos abaixo do peso e muitos dos que adoecem são descartados – termo da própria indústria – por decisão puramente de preservação econômica do negócio.
Tais empreendimentos são chamados pelo espírito Alexandre de “indústrias da morte” [3].
Triste realidade, escondida pelas publicidades que mostram animais felizes, dançando, sorrindo e cantando.
Sobre esses graves erros já nos alertava o espírito Neio Lúcio:
“Tens explorado fartamente as famílias de seres do ar e das águas, de galinheiros, estábulos, pocilgas e redis. O preço dos teus dias nas hortas e pomares vale por uma devastação” [2].
Fechando os olhos para as consequências do consumo de animais, temos esquecido da misericórdia que foi das mais belas lições exemplificadas por Jesus, desde o berço. Exortações neste sentido não nos faltam, precisamos, sim, é ouvir o chamado, pois os tempos de mudança são chegados. O novo mundo bate a nossa porta esperando que a abramos através de nossa auto transformação.
Ouçamos o amigo e benfeitor Cairbar Schutel:
“Sede seus anjos tutelares, e não anjos diabólicos e maléficos, a cercá-los de tormentos, a infringir-lhes sofrimentos!Sede benevolentes para com os seres inferiores, como é benevolente, para com todos, o nosso Pai que está nos Céus!” [3]
Referências:
[1] XAVIER, F. C.; Espíritos diversos. Antologia Mediúnica do Natal. 6 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. 208 p. Capítulo 78 “Pensamentos do natal” (Espírito Emmanuel), pp. 206.
[2] XAVIER, F. C.; ANDRÉ LUIZ (Espírito). Missionários da Luz. 45 ed. 3 imp. Brasília: FEB, 2015. 382 p. Capítulo 4 “Vampirismo”, pp. 42-46, pelo benfeitor Alexandre.
[3] XAVIER, F. C.; NEIO LÚCIO (Espírito). Alvorada Cristã. Capítulo “A conta da vida”.
[4] Gênese da alma, cap. “Apelo em favor dos animais” Cairbar Schutel.
Referência do card: XAVIER, F. C.; ANDRÉ LUIZ (Espírito). Missionários da Luz. 45 ed. 3 imp. Brasília: FEB, 2015. 382 p. Capítulo 4 “Vampirismo”, pp. 42-46, pelo benfeitor Alexandre.
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