Card #07: “Nas almas evoluídas, o sentimento da solidariedade torna-se bastante intenso para se transformar em comunhão perpétua com todos os seres e com Deus”

Alcançar o estado de Comunhão com o próximo e com Deus é a finalidade da existência.

Quanto mais o ser evolui, mais desabrocha o senso de unidade e pertencimento a uma família universal, independente da espécie, etnia, gênero e outras categorias divisionistas.

Temos como exemplo Francisco de Assis, que conforme registrou seu primeiro biógrafo Tomás de Celano, “a todos os seres chamava irmãos” [1]. Para o Amigo da Natureza a forma e condição variada dos seres não dava ensejo a qualquer limitação da sua capacidade de se doar.

A solidariedade, portanto, com todas as vidas, é o prelúdio da Comunhão Divina, da Suprema União.

Por isso que a caridade é um mandamento tão preconizado pela Doutrina Espírita, como meio de se chegar a tal Comunhão. Porém, não limitada somente aos humanos, sendo necessário nos unirmos para superar as barreiras culturais do antropocentrismo e do especismo, tão prejudiciais.

Como disse o benfeitor André Luiz e tantos outros: “existimos para colaborar no progresso da Criação, edificando o bem para todas as criaturas” [2].

Em verdade, já respiramos num regime de interdependência com todos os seres, bastando que desenvolvamos esta percepção. À propósito, frisou Emmanuel que “perante a Eterna Sabedoria, todos estamos interligados, – as pedras e as flores, os animais e os homens, os anjos e os astros, – numa cadeia de amor infinito” [3].

Portanto, se faz necessário vivenciar este amor concretamente com todos os seres, se permitindo sentir as sutis vibrações que brotam quando nos solidarizamos com as demais vidas humanas e não-humanas que palpitam em abundância na Terra.

Assim recomendou a benfeitora Joanna de Ângelis: “Alimenta um pássaro, um animal, planta uma árvore e acompanha-lhe o desenvolvimento, não te importando, se não conseguires colher-lhe os frutos, que alguém receberá graças à tua dedicação e ao teu amor. Assim é o amor, indefinível, mas expressável.” [4]

Enfim, ouçamos o querido Léon Denis, intensificando e estendendo nossa solidariedade a toda a criação, “para se transformar em comunhão perpétua com todos os seres e com Deus.” [5]

Referências:

[1] FONTES FRANCISCANAS. São Paulo: Editora Mensageiro de Santo Antônio, 2005. 1 Célano 57.

[2] XAVIER, F. C.; Espíritos diversos. Ideal espírita. Capítulo “Ouvindo a Natureza” (Espírito André Luiz).

[3] XAVIER, F. C.; EMMANUEL (Espírito). Paciência. Capítulo “Indicações da Paz”.

[4] FRANCO, D. P.; JOANNA DE ÂNGELIS (Espírito). Garimpo de amor. 6 ed. Salvador: LEAL, 2015. 200 p. Capítulo 18 “Amor e conflitos”, pp. 119.

[5] DENIS, L. O grande enigma. 16 ed. 1 imp. Brasília: FEB, 2014. 183 p. 1ª parte, cap. 3 “Solidariedade: comunhão universal”, pp. 32-34.

4 respostas
  1. Maria Paz Bonomi
    Maria Paz Bonomi says:

    Estoy muy de acuerdo a todo lo planteado.La solidaridad es fundamental para evolucionar porque nos hace comprender que somos un
    todo. No hay un ser vivo (de acuqñ tipo, ser humano, árbol, animales, toda la naturaleza) separado del otro. Somos todos parte de este infinito universo y desde ahí entiendo está Pandemia, como una gran Posibilidad para cambiar y evolucionar.

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    • Rafael Van Erven
      Rafael Van Erven says:

      Querida irmã, já disse alguém: “o meio ambiente começa no meio de nós”. Que possamos superar este modelo de percepção que nos “separou” da Natureza. Paz e bem!

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  2. Valéria Bertozzi Fonseca
    Valéria Bertozzi Fonseca says:

    estamos passando por esse processo de pandemia para aprendermos a enxergar o nosso próximos com o coração, para ver o próximo com mais amor. Precisamos ser solidário

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  3. Camila
    Camila says:

    Que mensagem inspiradora! Parabéns ao Move por nos abençoar com esse estudo tão profundo e que nos conecta aos animais e consequentemente ao Criador! Muita Luz e Sabedoria para vocês, sempre!

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