Card #06: “Para nascer, socorreu-se da hospitalidade dos animais”

Encerrando nossas postagens de Natal, reflitamos um pouco mais sobre aquela noite sem igual, recordendo a manjedoura luminosa, a estrela a guiar os companheiros, os cânticos harmoniosos dos pastores, o anúncio do anjo…

O evangelista Lucas registrou que o anjo do Senhor disse aos pastores: “Não tenhais medo! Eis que vos trago boas-novas de grande alegria, que será de todo o povo, porque nasceu para vós, hoje, um Salvador, que é o Cristo Senhor, na cidade de Davi” [1].

Não se pode mais duvidar, sobretudo ante as inúmeras mensagens ditadas pelos benfeitores espirituais que a Boa Nova e suas promessas de grande alegria são intrinsecamente inclusivas aos animais.

Que a Governança do Salvador não se limita a nacionalidades, gêneros, espécies e demais divisões do mundo.

Que seu Povo, são todos os reinos, minerais, vegetais, animais, humanidade…

A dignidade dos animais e seus direitos daí advindos se se demoram ainda no coração e leis humanas, nunca deixou de constar no Código Moral cujo o Mestre foi o Mensageiro Divino, já na manjedoura.

Vimos por aqui nas postagens natalinas que os benfeitores pediram exaustivamente a abolição da crueldade contra os animais e o reconhecimento da sua cidadania planetária pelos humanos, sobretudo nestes dias de Natal, que se apresenta como valiosa oportunidade para refletindo nas lições da manjedoura lumonisa renovar os hábitos que afetam os animais e a Natureza.

Enfatizaram que “o Senhor encontrou junto deles o seu primeiro lar, na insegurança da estrebaria” [2], que se “não fossem os anfitriões da estrebaria e talvez a Boa Nova tivesse seu aparecimento retardado” [3], que no Natal “quem louva Jesus, com júbilos imortais, suprime, esquece ou reduz a morte dos animais” [4], que “a ordem de matar [os animais] não vinha de Jesus” [5], que “para nascer, socorreu-se [Jesus] da hospitalidade dos animais” [6], dentre outras sábias lições…

E nós, enquanto humanidade, o que temos feito da hospitalidade dos animais e do próprio Jesus, cocriador da Terra?

Aproveitemos mais este Natal que se vai, repleto de inspirações, alegrias, convites para que desenvolvamos a consciência ética animal espírita, fazendo do nosso coração uma manejdoura, simples, inclusiva, onde o Cristo possa nascer.

Feliz Natal!

Referências:

[1] DIAS, H. D. O novo testamento. 1 ed. 6 imp. Brasília: FEB, 2017. Evangelho de Lucas, capítulo 2, versículo 10, pp. 258.

[2] XAVIER, F. C.; Espíritos diversos. Antologia Mediúnica do Natal. 6 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. 208 p. Capítulo 78 “Pensamentos do natal” (Espírito Emmanuel), pp. 206.

[3] XAVIER, F. C.; Espíritos diversos. Antologia mediúnica do natal. Capítulo “Os animais ante o natal” (por Humberto de Campos).

[4] XAVIER, F. C.; Espíritos diversos. Os dois maiores amores. Poesia do Espírito Milton da Cruz.

[5] XAVIER, F. C.; Espíritos diversos. Antologia Mediúnica do Natal. 6 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. 208 p. Capítulo 71 “O peru pregador” (Neio Lúcio), pp. 179-180.

[6]XAVIER, F. C.; VIEIRA, W.; EMMANUEL (Espírito); ANDRÉ LUIZ (Espírito). Opinião espírita. Capítulo “Ao companheiro espírita”

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