Card #38: “Apoiar, quanto possível, os movimentos e organizações de proteção aos animais, através de atos de generosidade cristã e humana compreensão.”

O movimento espírita tem ensinado que o Consolador Prometido é também para os animais, ou suas atividades têm se concentrado só nos humanos?

Tem auxiliado os (ainda) poucos grupos espíritas que oferecem tratamento aos animais?

Tem apoiado os movimentos de proteção animal e conscientização humana para com eles?

A Terra é uma incrível combinação de planeta-escola e planeta-oficina, onde bilhões de almas lutam para evoluir, com muitas carências, em parte atendidas graças a iniciativas que oferecem alimento, atendimento na área da saúde, acolhimento a refugiados, apoio emocional e espiritual, e amparo à infância.

O movimento espírita e muitas organizações buscam de maneira abnegada mitigar estas carências. E se faz muito importante conhecermos as que estão próximas a nós e prestarmos nossa cooperação possível.

Meimei lembra sobre quem aguarda por nossa cooperação:

“O Irmão da experiência comunitária te reclama simpatia, os necessitados aguardam, pelo socorro que se te faça possível; o animal te esmola proteção, a planta te requisita respeito, a fonte espera lhe faças a preservação e a defesa, o ambiente em que vives conta contigo, na execução dos próprios deveres, a fim de que a paz felicite a vida de todos… E se estiveres de pensamento acordado, ante os princípios do Bem Eterno, compreenderás, em todas as situações e em todos os lugares, que Deus necessite de tua colaboração e espera por ti.” [1].

O conhecimento traz responsabilidades e cobra atitudes. Sabemos que os animais estão na mesma jornada evolutiva que nós mesmos. Então, porque não nos envolver com iniciativas de proteção aos animais também? E aqui, falamos não somente dos amados animais domésticos, mas de todos os animais, que esperam por nossa caridade, como atesta Emmanuel:

“Caridade será tolerar com paciência o parente necessitado, respeitar as dificuldades do vizinho sem comentá-las, amparar a criança tresmalhada na rua ou socorrer a um animal doente.” [2].

A consciência que se amplia faz com que o coração ame um círculo cada vez maior de criaturas. E a empatia transforma este processo num ciclo virtuoso de ações reais. Dar água, comida e remédios para animais de rua, promover a adoção ao invés da compra, oferecer tratamento aos animais nos espaços espíritas e abordar a necessidade de renovação de hábitos nocivos a ele, são alguns exemplos de atitudes dignas de verdadeiros cooperadores na Criação Divina.

Joanna nos fala da vida e do amor, convidando à ação pelo bem de toda a Criação:

“A vida é resultado do amor, e este trabalha em favor da solidariedade com todas as formas existentes: minerais, vegetais e animais.” [3].

O despertar deste amor nos leva a apoiar iniciativas e renovar hábitos. Por exemplo, pelos bezerros forçados ao afastamento precoce de suas mães, rumo às mesas insensíveis, na forma da vitela cruel. Isto para citar apenas uma situação de carência e dor, de nossos irmãos menores. Não faltam frentes de ação pela vida animal. A seara é grande, amigos e amigas!

No mundo de regeneração que se aproxima, será possível uma religação integral com Deus e sua obra, ao mesmo tempo em que prossigamos ignorando a dor e a carência de nossos irmãos menores?

Estando toda a Criação Divina conectada pelo amor, como diz Emmanuel, além de não poder ignorar mais o sofrimento animal, será imperativo agir em prol pelo fim deste sofrimento:

“Perante a Eterna Sabedoria, todos estamos interligados, – as pedras e as flores, os animais e os homens, os anjos e os astros, – numa cadeia de amor infinito.” [4].

A alvorada de um mundo mais fraterno nos convoca à generosidade cristã e à solidariedade para com todas as criaturas, animais inclusive. Um novo mundo exigirá novas posturas e hábitos.

Referências:

[1] XAVIER, F. C.; MEIMEI. Deus aguarda. Capítulo: “Deus aguarda”.

[2] XAVIER, F. C.; ESPÍRITOS DIVERSOS. Escultores de almas. Capítulo: “Caridade”.

[3] FRANCO, D. P.; JOANNA DE ÂNGELIS (Espírito). 3 ed. Salvador: LEAL, 2016. 200 p. Constelação familiar. Capítulo 16 “Relacionamentos sociais”, pp. 113.

[4] XAVIER, F. C.; EMMANUEL. Paciência. Capítulo: “Indicações da paz”.

Referência do CARD: VIEIRA, W. ANDRÉ LUIZ (Espírito). Conduta espírita. 32 ed. 7 imp. Brasília: FEB, 2017. 118 p. Capítulo 33 “Perante os animais”, pp. 89-90.

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